Ernst & Young prevê que Lisboa peça ajuda até junho
Perante a demissão de José Sócrates, concluem os analistas da Ernst & Young, “é quase certo que o país vai precisar de pedir assistência financeira da UE e do FMI”. “Acreditamos que Portugal vai pedir ajuda financeira antes de junho, quando o país enfrentará grandes reembolsos de dívida”. Ademais, lê-se no capítulo do relatório “Ernst & Young Eurozone Forescast” dedicado a Portugal, “os esforços para acalmar os mercados financeiros colheram benefícios limitados”: “Apesar de medidas agressivas como a recompra voluntária de títulos portugueses antes do prazo e uma pesada intervenção do BCE, as yields [taxas de retorno] têm permanecido acima dos sete por cento por um período prolongado e a rondar os oito por cento após a demissão do primeiro-ministro”. A Ernst & Young sublinha o efeito sobre os juros das recentes revisões em baixa da notação financeira da República, que coloca também “sérios riscos” a uma banca “que já está a enfrentar níveis reduzidos de liquidez em resultado da crise da dívida”.
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