quarta-feira, 9 de março de 2011

O Sistema Circulatório







Do sistema circulatório fazem parte o coração, que é o órgão central, as artérias, arteríolas e capilares que levam o sangue enriquecido (trocas gasosas nos tecidos até ao coração), que por sua vez o remete para os pulmões. O coração é constituído pelo miocárdio, que tem a particularidade de autogerar impulsos nervosos de uma maneira rítmica, conferindo-lhe a capacidade de se contrair e relaxar de acordo com a frequência determinada por esses impulsos. É este ritmo que captamos através da frequência cardíaca que, usualmente, se situa em repouso entre as 60 e 80 pulsações por minuto.
O sangue desempenha três funções essenciais: transportar oxigénio, distribuir os alimentos e remover o dióxido de carbono e outros detritos eliminados pelas células.
Em 1900, um biologista alemão, Karl Landsteiner, anunciou a descoberta dos chamados grupos sanguíneos - A, B, AB ou O. Além disso, descobriu também a existência de uma substância nos glóbulos vermelhos, factor Rh (as pessoas que possuem essa substância são Rh positivas e as que não possuem são Rh negativas). Isto faz com que o conjunto dos diversos grupos sanguíneos que hoje se podem identificar à superfície dos glóbulos vermelhos de uma pessoa a tornem perfeitamente individualizável e distinta de qualquer outra.
Vasos sanguíneos : existem três tipos de vasos sanguíneos: artérias, veias e capilares.
Artérias: a sua função é levar o sangue desde o coração até os tecidos. Três capas formam as suas paredes, a externa ou adventícia de tecido conjuntivo; a capa média de fibras musculares lisas, e a interna ou íntima formada por tecidos conectivos, e por dentro dela se encontra uma capa muito delgada de células que constituem o endotélio.
Veias: devolvem o sangue dos tecidos ao coração. À semelhança das artérias, as suas paredes são formadas por três capas, diferenciando-se das anteriores somente por sua menor espessura, sobretudo ao diminuir a capa media. As veias têm válvulas que fazem com que o sangue circule desde a periferia rumo ao coração ou seja, que levam a circulação centrípeta.
Capilares: são vasos microscópicos situados nos tecidos, que servem de conexão entre as veias e as artérias; sua função mais importante é o intercâmbio de materiais nutritivos, gases e desperdícios entre o sangue e os tecidos. As suas paredes compõem-se de uma só capa celular, o endotélio, que se prolonga com o mesmo tecido das veias e artérias em seus extremos.
O sangue não se põe em contacto directo com as células do organismo, se bem que estas são rodeadas por um líquido intersticial que as recobre; as substâncias se difundem, desde o sangue pela parede de um capilar, por meio de poros que contém os mesmos e atravessa o espaço ocupado por líquido intersticial para chegar às células.
As artérias antes de se transformarem em capilares são um pouco menores e chamam-se arteríolas, e o capilar quando passa a ser veia novamente tem uma passagem intermediária nas que são veias menores chamadas vénulas; os esfíncteres pré-capilares ramificam os canais principais, abrem ou fecham outras partes do leito capital para satisfazer as variadas necessidades do tecido. Dessa maneira, os esfíncteres e o músculo liso de veias e artérias regulam o fornecimento do sangue aos órgãos.
Alergias
Correspondem a hipersensibilidade imunitária relativamente a antigénios específicos (ácaros, pó, pólen, produtos químicos ou alimentares, etc.), que se designam alergénios. As reacções alérgicas são tipicamente muito rápidas e traduzem-se por urticária, asma, conjuntivite, traqueíte, etc., devidos à formação de anticorpos. As alergias de contacto não são provocadas pela produção de anticorpos mas pela sobreactivação de células imunitárias pelo contacto constante com certas substâncias (lixívias, cosméticos, cimentos, etc.).
Reacções auto-imunes
Sendo as moléculas do próprio indivíduo uma expressão do seu genoma, não são normalmente susceptíveis de desencadear reacções imunitárias. No entanto, esta tolerância pode ser quebrada e o organismo passa a produzir anticorpos e linfócitos T sensibilizados contra alguns dos seus próprios tecidos, causando a morte e a perda de função dessas células. São exemplos a artrite reumatóide (destruição das cartilagens articulares), esclerose em placas (destruição da mielina e dos axónios dos neurónios) ou a diabetes insolinodependente (destruição das células do pâncreas, que produzem a insulina).
Imunodeficiências
Como o nome indica, os organismos com este problema não possuem linfócitos T ou não os apresentam em quantidade suficiente, sendo muito sensíveis a vírus e infecções bacterianas intracelulares. Pode ainda acontecer que exista deficiência em fagócitos ou de moléculas do sistema de complemento. Esta situação pode ser congénita (caso em que os indivíduos não apresentam linfócitos B e T, sendo obrigados a viver isolados e em meios esterilizados) ou adquirida (SIDA). No caso da SIDA, o vírus HIV, responsável pela doença, infecta os linfócitos TH e o seu genoma é incorporado no da célula, permanecendo inactivo durante certo tempo. Posteriormente inicia a sua replicação, destruindo os linfócitos e suprimindo a cooperação entre os efectores do sistema imunitário. O enfraquecimento do sistema permite que as infecções oportunistas ou cancros vitimem os doentes desprotegidos.
Deixo-vos este link para verem um pequeno vídeo sobre este tema:

http://www.youtube.com/watch?v=N3n_l4qOEJ0

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